quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Ter um filho...

Faz quase seis meses que tenho um filho. Como assim tenho?  Ter de possuir,  de carregar? Isso. Tenho um filho e cada dia sinto as dores e delícias de tê-lo em minha vida... Na verdade nem sei como introduzir esse assunto. Ter um filho implica muita coisa na minha vida...me falta tempo, me sobra sono, horas que voam, audição aguçada,  vaidade prejudicada, amor de sobra, paciência nem tanto... aguardo cenas do próximo capitulo, sem me esquecer que o momento atual nunca mais voltara. Tenho medo. Mas o medo nao passa nunca entao me pego com ele e, confesso,  muitas vezes me deixo guiar ppor ele. Tem dado certo. Quem sabe nos próximos seis meses eu volte aqii... tem alguém aqui?

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Embarazo

Limitacoes fisicas do final da gravidez se mostram compativeis as limitacoes psicologicas de seu inicio... (desculpa a falta de acentos,postando docelular)

quinta-feira, 4 de julho de 2013

1º de julho

- Eu vejo que aprendi o quanto te ensinei. E é nos teus braços que ela vai saber, não há pq voltar, não penso em te seguir, não quero mais a tua insensatez. O que fazes sem pensar, aprendeste do olhar e das palavras que guardei pra ti.Não penso em me vingar, não sou assim. A tua insegurança era por mim. Não basta o compromisso, vale mais o coração! Já que não me entendes, não me julgues, não me tentes. O que sabes fazer agora, veio tudo de nossas horas... (mas) Eu não minto, eu não sou assim.

- Ninguém sabia e ninguém viu que eu estava a teu lado então... Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher. Sou minha mãe, e minha filha, minha irmã, minha menina, mas sou minha, só minha e não de quem quiser...

- Sou Deus, tua deusa, meu amor...Alguma coisa aconteceu, do ventre nasce um novo coração... Vamos descobrir o mundo juntos, baby... Quero aprender com teu pequeno grande coração, meu amor, meu amor...

domingo, 23 de junho de 2013

(Nossa) Casa pré-fabricada

Abre os teus armários, eu estou a te esperar
Para ver deitar o sol sobre os teus braços castos
Cobre a culpa vã, até amanhã eu vou ficar
E fazer do teu sorriso um abrigo
Canta que é no canto que eu vou chegar
Canta o teu encanto que é pra me encantar
Canta para mim, qualquer coisa assim sobre você
Que explique a minha paz
Tristeza nunca mais

Mais vale o meu pranto que esse canto em solidão
Nessa espera o mundo gira em linhas tortas
Abre essa janela, a primavera quer entrar
Pra fazer da nossa voz uma só nota
Canto que é de canto que eu vou chegar
Canto e toco um tanto que é pra te encantar
Canto para mim qualquer coisa assim sobre você
Que explique a minha paz
Tristeza nunca mais


Nunca mais...

sábado, 8 de junho de 2013

Não sei como ainda não enlouqueci...

(Será que não?)
Temo, pois ainda faltam 2 meses!
Ainda ontem pensei: "puxa, quantas coisas boas já vivi nessa gravidez. Viajei, li muito, sorri um bocado, fiz novos amigos, trabalhei e me orgulhei do meu trabalho, assisti palestras, filmes, comi guloseimas, fiz compras, descobri quem realmente está do meu lado, chorei como nunca.... Se acabasse hj pensaria: sobrevivi!!!
Mas... ainda faltam 2 meses.... Quem pode me ajudar? Quem vai dirigir pra mim quando eu não conseguir mais? Será que não vou conseguir? E as posições de dormir? Será que vou encontrar a ideal? E a coragem pra continuar a hidroginástica e começar as caminhadas? Será que vai sair colostro antes do parto? Será que vou entrar em trabalho de parto? E o casamento da minha amiga? Vou ter dignidade gravídica (leia-se disposição, boa aparência, etc) pra comparecer?
Meu nome é ansiedade! Comecei a questionar muitas outras coisas que não tenho coragem de expor aqui... Desenho e redesenho a nossa vida pelos próximos 20 anos...
Se ainda não enlouqueci, foi só por ele... Meu verdadeiro bb-in...


sábado, 25 de maio de 2013

Qdo ñ estás aqui, sinto falta de mim mesmo...

sinto falta do teu quarto verde qdo saio. e qdo chego olho de novo tuas roupinhas. minha mente nao para de procurar a melhor maneira de te receber. imgino nos dois como grandes companheiros... eu e vc no nosso quarto verde. pq verde eh minha cor favorita, e vc jah eh minha pessoa favorita no mundo...uu

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Amei-te e por te amar, Fernando Pessoa


Amei-te por te amar

Amei-te e por te amar
Só a ti eu não via...
Eras o céu e o mar,
Eras a noite e o dia...
Só quando te perdi
É que eu te conheci...

Quando te tinha diante
Do meu olhar submerso
Não eras minha amante...
Eras o Universo...
Agora que te não tenho,
És só do teu tamanho.

Estavas-me longe na alma,
Por isso eu não te via...
Presença em mim tão calma,
Que eu a não sentia.
Só quando meu ser te perdeu
Vi que não eras eu.

Não sei o que eras. Creio
Que o meu modo de olhar,
Meu sentir meu anseio
Meu jeito de pensar...
Eras minha alma, fora
Do Lugar e da Hora...

Hoje eu busco-te e choro
Por te poder achar
Não sequer te memoro
Como te tive a amar...
Nem foste um sonho meu...
Porque te choro eu?

Não sei... Perdi-te, e és hoje
Real no [...] real...
Como a hora que foge,
Foges e tudo é igual
A si-próprio e é tão triste
O que vejo que existe.

Em que és [...] fictício,
Em que tempo parado
Foste o (...) cilício
Que quando em fé fechado
Não sentia e hoje sinto
Que acordo e não me minto...

[...] tuas mãos, contudo,
Sinto nas minhas mãos,
Nosso olhar fixo e mudo
Quantos momentos vãos
Pra além de nós viveu
Nem nosso, teu ou meu...

Quantas vezes sentimos
Alma nosso contacto
Quantas vezes seguimos
Pelo caminho abstrato
Que vai entre alma e alma...
Horas de inquieta calma!

E hoje pergunto em mim
Quem foi que amei, beijei
Com quem perdi o fim
Aos sonhos que sonhei...
Procuro-te e nem vejo
O meu próprio desejo...

Que foi real em nós?
Que houve em nós de sonho?
De que Nós fomos de que voz
O duplo eco risonho
Que unidade tivemos?
O que foi que perdemos?

Nós não sonhamos. Eras
Real e eu era real.
Tuas mãos - tão sinceras...
Meu gesto - tão leal...
Tu e eu lado a lado...
Isto... e isto acabado...

Como houve em nós amor
E deixou de o haver?
Sei que hoje é vaga dor
O que era então prazer...
Mas não sei que passou
Por nós e acordou...

Amamo-nos deveras?
Amamo-nos ainda?
Se penso vejo que eras
A mesma que és... E finda
Tudo o que foi o amor;
Assim quase sem dor.

Sem dor... Um pasmo vago
De ter havido amar...
Quase que me embriago
De mal poder pensar...
O que mudou e onde?
O que é que em nós se esconde?

Talvez sintas como eu
E não saibas senti-o...
Ser é ser nosso véu
Amar é encobri-o,
Hoje que te deixei
É que sei que te amei...

Somos a nossa bruma...
É pra dentro que vemos...
Caem-nos uma a uma
As compreensões que temos
E ficamos no frio
Do Universo vazio...

Que importa? Se o que foi
Entre nós foi amor,
Se por te amar me dói
Já não te amar, e a dor
Tem um íntimo sentido,
Nada será perdido...

E além de nós, no Agora
Que não nos tem por véus
Viveremos a Hora
Virados para Deus
E n'um (...) mudo
Compreenderemos tudo.